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Dor na Coluna

A dor na coluna (cervical, lombar e torácica) também chamada como cervicalgia, dorsalgia ou lombalgia pode ser decorrente das articulações entre as vértebras, de algum problema envolvendo o disco intervertebral, lesão ou inchaço dos ligamentos na coluna ou em musculatura da própria região. Quando a dor irradia para os membros, deve ser avaliado a possibilidade de envolvimento de raízes nervosas, e para esta investigação, um exame físico minucioso deve ser feito, sendo necessária em alguns casos a solicitação de exames complementares de imagem e/ou estudos de condução como a eletroneuromiografia. Além do tratamento medicamentoso, há alguns tipos de procedimentos intervencionistas para alívio da dor.

Dor no joelho
As principais causas de dor intra-articular do joelho são provenientes de sobrecarga mecânica, inflamação da articulação, osteoartrose ou lesões articulares. Além disso, dores musculares e dor de lesão de nervos que é a dor neuropática também são causas extra-articulares. Quando devo procurar atendimento médico: dor ao repouso, dor intensa nas atividades básicas como andar ou ficar de pé, subir degraus, joelho com alteração de sua forma, formigamentos, febre, e a dor durar mais que 3 dias seguidos. A história clínica e o exame físico feitos pelo especialista em dor é essencial para o diagnóstico e exames complementares como de sangue, raio X e ressonância nuclear magnética pode sem solicitados para complementar o diagnóstico. Existem diversas indicações de tratamento para dor do joelho que vão desde medicações via oral, medicações tópicas no joelho até procedimentos intervencionistas: infiltrações e denervação articular.
Dor no ombro
A dor no ombro pode surgir em qualquer idade. Comumente afeta a população jovem pelo uso excessivo da articulação, principalmente nos esportes. Já na população idosa a dor no ombro se dá pelo desgaste da articulação. Como o ombro é uma estrutura musculoesquelética complexa, lesão da articulação, doenças dos tendões e bursites podem estar presentes associados. A história clínica e o exame físico feitos pelo especialista em dor são essenciais para o diagnóstico e exames complementares de imagem podem ser solicitados na sua consulta. Quando a dor é crônica, ou seja, mais de 3 meses, há indicação de procedimentos para alívio da dor desde infiltrações articulares, em tendões ou nas bursas dependendo da causa da dor em casos mais avançados, pode ser indicado a denervação articular.
Dor no quadril
A dor no quadril é a dor localizada na área entre a coxa e a parte mais baixa do abdome, seja anterior, lateral ou posterior (nádegas). Diversas doenças podem coexistir com dor no quadril, principalmente doenças da coluna lombar. Osteoartrose, artrites, bursites, doenças dos tendões, luxações da articulação, tensão muscular e problemas vasculares do fêmur são causas comuns de dor no quadril. O especialista em dor poderá pedir exames complementares de imagem e de sangue para o diagnóstico. Procedimentos para alívio da dor desde infiltrações articulares, em tendões ou nas bursas dependendo da causa da dor em casos mais avançados, pode ser indicado a denervação articular.
Dor Oncológica

Dor oncológica é qualquer dor relacionada ao câncer, ou seja, em cenário de diagnóstico oncológico. A causa da dor pode ser o próprio tumor ou decorrente de seu tratamento, e o mecanismo biológico dessa origem é muitas vezes complexos. Tratar a dor relacionada ao câncer não é simples e requer especialistas bem treinados para manejo das medicações e procedimentos intervencionistas para alívio da dor, pois além do tratamento medicamentoso que pode requerer experiência na prescrição de altas dosagens de opióides como morfina, metadona, entre outros. Os procedimentos intervencionistas para alívio da dor são indicados precocemente. Bloqueios de nervos, denervações de articulações e bloqueios das dores provenientes de vísceras são procedimentos comumente indicados em cenário de dor oncológica. Em casos mais avançados que preenchem critérios específicos, bomba intratecal de morfina também é um procedimento minimamente invasivo para alívio da dor.

Dor pediátrica

Atualmente, 25% das crianças apresentam dor crônica (recorrente ou contínua por mais de três meses), cuja prevalência aumenta com a idade e o sexo (feminino, máximo entre 12 e 14 anos). Estudos relatou altas taxas de dor moderada a intensa em crianças hospitalizadas (21% a 64%). Dados de hospitais infantis em todo o mundo revelam que a dor em pacientes pediátricos da infância à adolescência é comum, sub-reconhecida e maltratada.

A dor crônica na infância é uma preocupação significativa de saúde pública com taxas de prevalência medianas de 11 a 38%. Custo à sociedade $ 19,5 bilhões anualmente somente nos Estados Unidos. O ambulatório de dor pediátrica visa o manejo da dor clínica e intervencionista pediátrica. No âmbito hospitalar, ambulatorial e Paliativista. Dores como de articulações, crescimento, dor abdominal, dor oncológica, dor de cabeça (cefaleia), fibromialgia juvenil, artrite reumatoide, dor ATM, lombalgia, cervicalgia , dor em pacientes com anemia falciforme ,dor pélvica , dor miofascial entre outras .

Dor de cabeça

A cefaléia é o termo técnico usado para aquilo que conhecemos como “dor de cabeça”. É a dor mais comum na cabeça em diversas faixas etárias. A cefaléia é classificada segundo suas causas, em cefaleias primárias e cefaleias secundárias. Cefaléia primária são as dores de cabeças com sua origem própria, e cefaléia segundária estão correlacionadas com outras doenças: AVCs, alterações oftálmicas, infecções bacterianas, fúngicas e virais, fibromialgia, tumores, problemas no ouvidor, entre outras.

Quando a cefaléia é primária, o diagnóstico é clínico, com história bem detalha e não necessita de exames complementares. O tratamento é inicialmente medicamentoso. Em casos refratários ao tratamento medicamentoso, atualmente dispomos de procedimentos intervencionistas para alívio da dor.

Dor na Face

Dor em face é a dor correspondente da região delimitada pelo couro cabeludo, as orelhas e o pescoço, composta da testa, olhos, nariz, boca, queixo e bochechas. Existem diversas causas para a dor na face, como traumas, infecções, disfunções da articulação têmporo-mandibular (ATM) ou mesmo a neuralgia do trigêmeo, que é uma dor que surge em um nervo da face e é muito forte. Há outras causas de dores facial que tem denominação técnica de dor facial atípica e o envolvimento de doenças dos nervos (dor neuropática) está frequentemente associado. Sintomas tal qual barulho ao mover a mandíbula, distúrbios da visão, dor no ouvido ou secreção nasal podem estar presentes.
A neuralgia do trigêmeo é bem mais específica e é uma disfunção que causa dores intensas e com duração muito curta na face, vários episódios ao dia, que surgem de forma abrupta, se assemelhando a um choque elétrico ou pontada, geralmente por um gatilho como vento, escovar os dentes, passar toalha no rosto, comer ou beber água e tocar na pele. O tratamento inicial é medicamentoso, no entanto dispomos de procedimentos intervencionistas para alívio dos sintomas, diminuição das medicações e até mesmo para casos refratários antes mesmo de procedimentos neurocirúrgico.

Fibromialgia

Fibromialgia é uma doença sensibilizando principalmente a musculatura de todo o corpo causando dor. Por ser uma síndrome (síndrome fibromiálgica), essa dor está associada a outros sintomas, como fadiga, alterações do sono, distúrbios intestinais, e transtornos psíquicos como ansiedade e depressão. Tem prevalência de 2% da população mundial, afetando em maior parcela o sexo feminino. A fibromialgia não tem suas causas e mecanismos totalmente esclarecidos, e não existe nenhum exame laboratorial ou de imagem que fechem o diagnóstico. Desta forma, o seu diagnóstico é inteiramente clínico, e não é diagnóstico de exclusão. Porém, é importante realizar examesperiodicamente como solicitado pelo médico para avaliar possíveis doenças malignas que podem ser diagnóstico diferencial.

Osteoartrite

Osteoartrite é o mesmo que osteoartrose, artrose ou doença articular degenerativa. Nas doenças reumatológicas, a osteoartrite é a mais freqüente, representando cerca de 30 a 40% das consultas em ambulatórios de Reumatologia. A osteoartrite é mais comum no sexo feminino pelas mulheres. No entanto, há localizações presentes preferencialmente em mulheres, como mãos e joelhos, outras no homem, como a articulação coxofemoral (do fêmur com a bacia). Ela aumenta com o passar dos anos: incomum até os 40 anos e mais freqüente após os 60 anos.

A osteoartrite (artrose) é uma doença que se caracteriza pelo desgaste da cartilagem articular e por alterações ósseas, conhecidos popularmente, como “bicos de papagaio”.

Bloqueio Anestésico

É um procedimento usado pela medicina da dor feito por injeção de anestésico local, que interrompe os impulsos sensoriais de dor uma região do corpo, diminuindo ou por muitas vezes eliminando a dor por completo, temporariamente.

Rizotomia / Denervação Facetária

Rizotomia, tem sua origem no grego, significando a destruição dos nervos. Atualmente, utilizamos a técnica de radiofrequência por agulhas que fazem esta destruição. Portanto, rizotomia e radiofrequência podem ser entendidas como sinônimas.

Infiltrações Articulares

A infiltração articular é um procedimento que permite colocar medicação diretamente na articulação. O depósito dos medicamentos se dá através da introdução de uma agulha no espaço intra-articular. Pode ser através de ultrassonografia ou por raio X (radioscopia). Pode ser feito em consultório ou mesmo em centro cirúrgico.

Denervações Articulares
A denervação articular é o termo dado para a queima dos nervos sensitivos das articulações que provocam a sua dor. Para “destruir” esses nervos utiliza-se radiofrequência, ou agentes químicos neurolíticos. A radiofrequência tem dois modos: contínua ablativa ou refrigerada e pulsada. Cada uma tem a sua indicação conforme a causa da dor.
Bloqueio Simpático Venoso

O bloqueio venoso simpático surge como uma alterativa que tem se mostrado muito efetiva para acabar ou aliviar a dor e os transtornos por ela causados.

COMO FUNCIONA O TRATAMENTO?

Por meio de infusão, são aplicados anestésicos via venosa, para promover o bloqueio simpático, vasodilatação, anestesia das terminações nervosas do endotélio vascular, estabilização de membrana e quebra de círculo vicioso que mantém a dor, além de  atua como um potente antidepressivo.

O procedimento leva uma hora aproximadamente e é feito com monitoramento constante para garantir a segurança e bem-estar do paciente.

Cirurgia Endoscópica de Coluna
Cirurgia endoscópica de coluna é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva para o tratamento de hérnias de disco e estreitamento do canal. Comparada com antigamente, esta técnica mostra ser um método menos traumático, resultados de melhora clínica semelhantes quando comparado com as técnicas convencionais, inclusive com recuperação pós-cirúrgica mais rápida. Ela é feita através de um pequeno corte (poucos centímetros – no máximo 1,5cm) por qual é introduzida uma câmera com iluminação e instrumentos de alta precisão para retirada da hérnia. Entretanto, é uma técnica que tem suas indicações e o especialista em dor poderá ser consultado.